Acendi o fogo.
Brinquei com o gato.
Senti. Senti a onda, o vento, a
fumaça, o amor do gato, a gratidão pela vida, meu corpo, minha respiração, a
música. Apenas
senti.
Agora sim, vamos escrever.
Não escrevo sozinha, porque escrevo
lembranças. E as melhores lembranças são compartilhadas – ou não – mas essa é.
Estava numa profunda conversa com
um amigo sobre loucura. Juramos de pés juntos que não somos loucos. Mas como já
dizia o chapeleiro maluco:
“Sim, você é louco, louquinho.
Mas vou lhe contar um segredo: as melhores pessoas são assim!”
De acordo com o dicionário informal:
Loucura: Alegria extravagante, insana, desatino, desvario. Ato ou fala que
apresente um comportamento que denote falta de juízo ou senso de discernimento.
Sensação ou sentimento que foge do controle da razão; Atitude imprudente,
insensata;
No meu dicionário estaria escrito
assim:
Loucura: Alegria
Quando a pessoa é realmente louca,
ela não vê isso como uma ofensa. É um elogio. Quando você chama uma pessoa
louca de louca é como se você tivesse dizendo: “Cara, você é totalmente fora
dos padrões.” E pra uma pessoa louca, a única coisa importante é ser fora dos
padrões.
Ser louco é viver a vida de
cabeça pra baixo. É sentir. Ser louco é sentir. Sentir é coisa para loucos. É
um dom. Um dos mais lindos.
Um sorriso, já sentiu um sorriso?
Só loucos sabem do que eu estou falando.
Sentir a liberdade, sentir a
vida, o universo. Loucos tem uma sintonia de outras vidas. Loucos se reconhecem
de longe. São ligados por fios prateados e se conectam de tal forma que encanta
e contagia a alegria e o amor para todos ao redor.
Pessoas loucas são as pessoas felizes, que levam a vida de um jeito leve e não estão preocupadas com a cotação do dólar ou com qual carro o vizinho tem. Pessoas loucas não querem saber o quanto você sabe, mas sim o quanto você está disposto a aprender. Pessoas loucas surpreendem. Pessoas loucas sabem que a vida foi feita para viver. Pessoas loucas sabem que chorar e se lamentar por isso ou aquilo é perda de tempo. Pessoas loucas sabem se conectar com o universo. Pessoas loucas sabem o poder que tem. Pessoas loucas sabem sorrir. Pessoas loucas sabem o que é gratidão. Pessoas loucas sabem o que é amor próprio.
Pessoas normais passam
despercebidas, na maioria das vezes. Porque normal é comum e com o comum todos já estão acostumados. O comum não é
interessante nem impressionante.
Pense: quantas pessoas normais
fizeram diferença na sua vida?
Agora pense: quantas vezes um louco
fez diferença na sua vida?
E o mais importante, quer saber se você é
louco?
Pense em quantas vezes você fez
diferença na vida de outras pessoas.
Loucura. Loucura. Loucura cura.
Bárbara Aguiar
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